A reconstrução mamária é um procedimento cirúrgico que busca dar uma nova mama para as mulheres que, em virtude de um câncer na região, tiveram que se submeter à mastectomia, isto é, a remoção do seio, para evitar que o tumor se espalhasse mais e atingisse outras partes do corpo.
A cirurgia plástica é feita considerando a forma, o tamanho e a aparência das mamas. Nos casos em que a mulher ainda tem uma das mamas, esta é usada como referência; para aquelas que precisaram retirar ambos os seios, geralmente são utilizadas imagens feitas antes da cirurgia.
Um dos principais motivos para fazer a reconstrução das mamas é ajudar a devolver autoestima, autoconfiança e qualidade de vida que muito provavelmente foram afetadas à mulher que passou por um momento tão delicado e desgastante, física e emocionalmente. Outro motivo é trazer simetria estética a região.
Implante: é caracterizado como a colocação de um implante de silicone por baixo da pele, dando aspecto, forma e volume similares ao natural da mama.
Retalho abdominal: consiste na remoção de pele e gordura da área abdominal para que sejam utilizados na região das mamas de forma a poder reconstrui-la. Nos casos em que não se tem o suficiente na barriga, é recomendado usar retalhos das costas ou pernas.
O tipo de reconstrução deve ser decidido com o médico, pois é necessário avaliar as condições da região, a saúde da mulher, os seus objetivos, o tipo de mastectomia realizada e os tratamentos para câncer aos quais ela se submeteu.
Não são todas as mulheres que realizam a mastectomia que decidem fazer a reconstrução mamária, e isso ocorre por muitos fatores. Um deles é a falta de condições financeiras para tal procedimento. Para esses casos, a Lei nº 12.802, sancionada em 2013, garante às mulheres submetidas à mastectomia o direito de ter suas mamas reconstruídas logo após a retirada das mamas, caso ela já tenha condições médicas.
Outras mulheres optam por fazer a cirurgia de forma particular, contratando um cirurgião plástico de sua confiança e agrado.
O recomendado é que a reconstrução mamária seja feita junto com a mastectomia, para que a mulher não tenha de passar por um período de adaptação psicológica à sua nova imagem.
Há casos em que a mulher tem de fazer sessões de radiação ao final do tratamento, o que pode atrasar a cicatrização. Nesses casos, o procedimento de reconstrução deve ser postergado.
Outra oportunidade em que é aconselhável atrasar a reconstrução é quando o câncer é muito extenso e é necessário extrair uma grande quantidade de mama e pele durante a mastectomia, fazendo com que o corpo tenha que se recuperar por mais tempo.
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