Assim como o público feminino, os homens estão valorizando cada vez mais a sua aparência, e um dos procedimentos mais procurados é o da ginecomastia, problema que afeta mais de 40% dos homens de todas as idades. O tratamento pode ser medicamentoso ou cirúrgico.
Afinal, qual dessas modalidades escolher?
Hoje vamos conversar sobre:
- O que é a ginecomastia e quais são as suas principais causas?
- Como é feita a cirurgia?
- Pós-operatório da cirurgia.
Vamos lá!
O que é a ginecomastia e suas principais causas?
A ginecomastia é uma condição que afeta os homens, caracterizada pelo aumento descontrolado das mamas, e é classificada de acordo com o tipo e as características do tecido mamário em excesso.
Não é um problema de saúde sério, porém dificulta o convívio social de alguns pacientes, que podem se sentir envergonhados em razão da aparência do peitoral.
Essa condição é causada por uma desordem hormonal: o desequilíbrio entre progesterona e testosterona.
A ginecomastia também pode ser chamada de “ginecomastia verdadeira”, já que ela só acontece quando ocorre a desordem hormonal, que pode ser ocasionada por:
- Hipogonadismo: Condições que diminuem a produção de testosterona, como síndrome de Klinefelter ou insuficiência pituitária.
- Tumores: Alguns tumores, como os que envolvem os testículos, as glândulas suprarrenais e a glândula pituitária, podem alterar a produção desses hormônios.
- Insuficiência hepática e cirrose: Alterações nos níveis hormonais relacionadas a problemas hepáticos e medicamentos para cirrose estão associadas à ginecomastia.
Para medir os níveis hormonais e confirmar o diagnóstico, exames de sangue podem ser solicitados pelo endocrinologista.
A maioria das pessoas pensa no estrogênio como um hormônio exclusivamente feminino, mas os homens também o produzem (em pequenas quantidades).
Outros exames que podem ser solicitados para diagnóstico são:
- Mamografias
- Tomografia Computadorizada (TC)
- Ressonância Magnética (RM)
- Ecografias testiculares
- Biópsias de tecidos
Como é feita a cirurgia?
A ginecomastia geralmente desaparece sozinha em um período de 6 meses a 2 anos. Se estiver sendo causada por medicamentos, interromper a ingestão da substância resolve a condição.
Contudo, tratamentos com medicamentos podem ajudar caso a origem seja outra.
- O ideal é que o paciente consulte o endocrinologista, responsável por avaliar os níveis hormonais.
Outra opção é a cirurgia de redução de mama que remove o tecido adiposo ou a glândula mamária.
Você precisará pedir ao seu médico endocrinologista um encaminhamento para um cirurgião plástico, que avaliará a viabilidade da cirurgia.
A cirurgia de ginecomastia pode não resolver a condição em pessoas com excesso de peso, pois o tecido adiposo pode voltar a se acumular na mama.
No caso de ginecomastia desenvolvida na puberdade, recomenda-se esperar até que o adolescente se desenvolva por completo antes de considerar a cirurgia. Em geral, os hormônios tendem a se regularizar após esse período da vida.
Duas opções de cirurgia para a correção dessa desarmonia são:
- Lipoaspiração: remove a gordura da mama, mas não o tecido da glândula mamária em si.
- Mastectomia: remove as glândulas mamárias. Geralmente é feita através de pequenas incisões.
Pós-operatório da ginecomastia
O pós-operatório da cirurgia de ginecomastia é tranquilo e o paciente recebe alta em até 24 horas após o procedimento.
O paciente sente poucas dores e o inchaço é leve, a presença de hematomas não é elevada e as cicatrizes são pequenas. Contudo, é importante que seja utilizada a cinta compressiva de 30 a 45 dias.
A cinta melhora a aderência da pele e diminui o inchaço, os hematomas e os riscos pós-operatórios, como a hemorragia.
É essencial para uma boa recuperação que o paciente obedeça às orientações do médico, sendo elas principalmente a ausência de esforços físicos nas primeiras duas semanas (dirigir, levantar o braço, fazer força, pegar peso) e a volta dos exercícios físicos após 1 mês.