É comum que depois de se fazer uma cirurgia plástica o paciente continue insatisfeito com a região do corpo que foi operada, mesmo após a recuperação absoluta e a finalização do período estimado pelo cirurgião para se obter um resultado satisfatório. Em razão disso, pode sentir a necessidade de voltar para a sala de operação para fazer algum tipo de correção ou retoque.
Outra que também acontece é que mesmo que se consiga um bom resultado com o procedimento, com o decorrer dos anos, existe a perda do efeito da intervenção, por exemplo, os resultados de uma otoplastia.
Esse tipo de intervenção cirúrgica não é livre de riscos e complicações: devem ser avaliadas a necessidade e a possibilidade de se fazer o procedimento com o cirurgião plástico, que pode ou não ser o mesmo da cirurgia anterior.
Algumas operações têm mais incidências de retoque do que outras. A rinoplastia, por exemplo, é uma das mais delicadas e que exigem bastante cuidado, pois é necessária uma análise detalhada da estrutura facial do paciente, de modo a compreender as expectativas e alinhar as possibilidades, para que o cirurgião plástico defina o melhor método e a técnica adequada para o procedimento.
Operar novamente essa região geralmente é ainda mais complexo do que na primeira vez, em virtude de pele, ossos nasais e cartilagem já terem sido trabalhados e, portanto, estarem ainda mais sensíveis que o normal.
A cartilagem do septo nasal pode já ter sido utilizada durante a primeira intervenção, inviabilizando usá-la novamente na segunda. Nesse caso, é preciso recorrer à remoção de cartilagem de outras regiões do corpo para a nova cirurgião.
Antes de uma nova cirurgia para correção de algo que incomoda o paciente, é importante avaliar se haverá tecido disponível suficiente para o procedimento, especialmente quando o propósito seja aumentar ou inserir mais tecidos.
Para evitar isso é que muitos cirurgiões optam, em sua maioria, por cirurgias mais conservadoras, removendo menos tecido possível no primeiro procedimento, para acompanhar como a área do corpo vai evoluir. Afinal, se o resultado não for como o desejado, pode-se fazer o inverso em uma segunda intervenção.
Mesmo que o corpo humano tenha um sistema natural de “autocura” e, com isso, consiga se recuperar de uma cirurgia plástica, realizar uma cirurgia plástica na mesma área do corpo novamente aumenta as chances de riscos sobre qualidade da recuperação e da cicatrização.
Essa é uma reação natural da pele, na camada subcutânea, em que os músculos e os tecidos envolvidos já foram modificados anteriormente, então a vascularização pode não ser mais a mesma de antes da primeira operação. Então, submeter-se a um segundo procedimento pode impactar na evolução da recuperação dos tecidos e na aparência da nova cicatriz, tornando o processo de recuperação mais difícil.