O aumento significativo da busca por cirurgias plásticas fez com que os profissionais dobrassem a atenção aos cuidados pré-operatórios, afinal, há pacientes que se submetem a esses procedimentos com tanta regularidade que parece que se esquecem das orientações que devem ser seguidas antes de entrar na sala de operação. Diante disso, o papel do pré-operatório para preparar o paciente para o momento da cirurgia ficou ainda mais importante.
O pré-operatório é todo o período que antecede uma cirurgia plástica. É durante essa fase que o cirurgião faz uma bateria de exames e avaliações, com a finalidade de identificar as condições físicas e emocionais de um paciente para saber se ele está apto a se submeter a um procedimento cirúrgico.
Cabe ressaltar que toda cirurgia plástica apresenta riscos, independentemente de seu tamanho.
Durante a fase pré-operatória, que pode levar semanas e, em alguns casos, até meses, o cirurgião plástico avaliará uma série de coisas. Procurará corrigir problemas fisiológicos e psicológicos, que podem aumentar o risco cirúrgico ou prejudicar os resultados do procedimento. Além disso, dará ao paciente e, caso haja, a outras pessoas, orientações completas sobre a cirurgia, sobre como será realizada, sanando todas as dúvidas que se fizerem presentes.
O cirurgião também irá explicar e demonstrar exercícios e atividades que trazem benefícios ao paciente durante o pós-operatório, abordará os resultados de modo realista, planejará o período para alta hospitalar e solicitará quaisquer alterações no estilo de vida do paciente.
O cirurgião plástico solicita inúmeros exames. Os mais comuns são:
Hemograma completo – mostra a contagem de leucócitos: neutrófilos, linfócitos, monócitos e basófilos; de hemácias, de hemoglobina, de hematócrito, de plaquetas, etc.
Grupo sanguíneo e fator Rh – apresenta o tipo de sanguíneo, e se ele é positivo ou negativo. Como em uma cirurgia há perda significativa de sangue, o médico deve estar a par dessa informação para que sejam inseridas as bolsas compatíveis.
Teste de coagulação – serve para, entre outras coisas, avaliar se o paciente não terá um risco maior de hemorragia durante ou após a cirurgia.
Glicemia – exame que mede o nível de açúcar no seu sangue naquele momento; serve também para monitorização do tratamento do diabetes.
Eletrólitos e creatinina séricos – para verificar as funções dos nervos e músculos e manter equilíbrios ácido-base e hídrico; também para avaliar a função dos rins.
Análise de urina – para verificar a existência de doenças, principalmente nos rins e nas vias urinárias.
Se o paciente tiver histórico de doença respiratória ou sintomas cardiopulmonares, será solicitada uma radiografia de tórax para avaliar as condições da região.
Na noite que antecede a cirurgia plástica, a preparação da pele é ordenada de acordo com os protocolos do hospital. A preparação serve para deixar a pele livre de micro-organismos, reduzindo a possibilidade de bactérias entrarem na ferida a partir da superfície da pele durante o procedimento.