Sabemos que algumas partes do nosso corpo, como as axilas e os pés, são responsáveis por suar mais que as outras, o que é algo natural. Contudo, se ele for excessivo e muito forte, pode ser um sinal de uma condição denominada “bromidrose”.
A bromidrose surge graças à produção de suor pelas glândulas apócrinas, muito concentradas em regiões específicas (axilas, pés e virilha), que favorece a multiplicação de bactérias e causa um cheiro desagradável. Essas glândulas que produzem odor mais forte surgem, geralmente, no início da adolescência, por volta dos 8 aos 14 anos de idade.
Pensando nesse tema, hoje conversaremos sobre:
- Principais causas da bromidrose
- Sintomas
- Cuidados
- Quais são os tratamentos para bromidrose?
Vamos lá!
Principais causas da bromidrose
Antes de partirmos para as causas da bromidrose, precisamos entender um pouco mais sobre o nosso corpo.
Nós possuímos dois tipos de glândulas sudoríparas: écrinas e apócrinas.
- As glândulas écrinas são as mais comuns e estão distribuídas por toda a superfície da pele. Têm como função controlar a temperatura do nosso corpo. Por isso, transpiramos toda vez que está muito quente ou quando fazemos exercícios.
- As glândulas apócrinas, por sua vez, só estão presentes em algumas partes do corpo, como nas axilas, virilha, região ao redor dos mamilos e do ânus. Elas surgem entre os 8 e 14 anos de idade e produzem outro tipo de suor.
A bromidrose é uma consequência da alteração da microbiota da pele. Isso faz com que as bactérias e os fungos se proliferem de forma rápida e desordenada, promovendo a decomposição das secreções liberadas pelas glândulas e da queratina presente na pele, o que causa o mau cheiro.
Além disso, outras causas para esse problema podem ser:
- Diabetes.
- Alcoolismo.
- Ingestão de determinados alimentos, como: cebola, alho e pimenta.
- Alguns antibióticos.
- Alguns hormônios, que podem alterar a transpiração do corpo e causar mau cheiro.
Sintomas da bromidrose
Claro que o principal sintoma da bromidrose é o mau cheiro, mesmo que seja realizada uma higienização adequada do local, sendo em alguns casos acompanhado pelo suor excessivo.
A bromidrose pode ser classificada dependendo do local afetado:
- Bromidrose axilar: caracterizada pelo mau cheiro e suor intenso nas axilas.
- Bromidrose plantar: ocorre na planta dos pés.
- Bromidrose na virilha: devido à proliferação de microrganismos na região.
Além disso, há também a bromidrose hormonal, em que o mau cheiro é generalizado, que acontece devido às alterações hormonais, sendo mais frequente em adolescentes.
Cuidados
Existem alguns cuidados e medidas simples que podem ajudar a minimizar os sintomas e os males da bromidrose, trazendo mais tranquilidade e normalidade à vida de quem possui essa condição. Alguns desses cuidados são:
- Utilizar sabonete antisséptico.
- Depois de terminar o banho, secar bem a pele.
- Não utilizar roupas feitas com materiais sintéticos, como náilon ou poliéster. Deve-se optar por tecidos de fibras naturais, como algodão, que permitem que a pele respire melhor.
- Lavar as roupas com produtos que ajudem a eliminar os odores (existem itens para essa finalidade específica).
- Não repetir roupas sem lavar antes, pois o suor seco é causa frequente de mau odor.
- Para a região dos pés, optar por calçados abertos quando possível, reduzindo a umidade.
- Evitar o consumo excessivo de bebidas alcóolicas e determinados alimentos.
Quais são os tratamentos para bromidrose?
Existem vários tipos de tratamento para a bromidrose.
Para determinar o melhor método para cada caso, é preciso identificar qual é a causa e, a partir disso, avaliar as opções que se adequem melhor.
Uma das opções é por meio da cirurgia plástica. Essa técnica consiste na redução do número de glândulas apócrinas por aspiração e/ou remoção direta.
- A cirurgia é feita em um plano superficial, com anestesia local e sedação total.
- A recuperação é muito simples na maioria dos casos e a cicatriz fica localizada na prega axilar.
Mas, antes de optar pela cirurgia plástica, deve-se descartar a existência de uma desordem orgânica subjacente, tratável por meios menos invasivos.