A autoimagem corporal é a percepção que a pessoa tem do seu corpo, e inclui os sentimentos e pensamentos que experimenta como resultado dessa percepção. Esses sentimentos podem ser positivos, negativos ou a combinação de ambos, e são influenciados tanto por fatores individuais quanto ambientais.
É cada vez mais comum, principalmente em tempos de redes sociais, as pessoas se preocuparem cada vez mais com sua aparência, em estar sempre bonitas, com as medidas e formas ditas como as ideais, entretanto essa busca por um suposto “corpo perfeito” pode ser excessiva, e ser um sintoma da síndrome da distorção da autoimagem.
Essa doença, também conhecida como “transtorno dismórfico corporal”, ou dismorfofobia, se manifesta quando a pessoa desenvolve uma visão irrealista do próprio corpo, que não condiz com o que de fato é. Isso impede que ela tenha uma consciência de si mesma, o que leva a uma batalha interna, causando angústia e sofrimento.
De acordo com estudos, cerca de 1,5% da população mundial sofre com a síndrome de distorção da autoimagem. As mulheres são mais atingidas do que os homens, sendo que essa estatística pode ser ainda maior, já que algumas pessoas nunca chegam a buscar ajuda e outras não assumem o problema.
Uma das questões mais preocupantes é que esse transtorno costuma estar associado com outras condições negativas, como tristeza profunda, anorexia, bulimia, depressão e ansiedade.
Cognitivos: expectativa irreal de possuir um padrão corporal especifico.
Comportamentais: evitam-se situações nas quais o corpo possa estar em evidência; prefere-se escondê-lo ou depreciá-lo.
Perceptuais: percepção distorcida do próprio corpo.
Não existem só casos em que a pessoa acredita que precisa emagrecer, ilusão de que está cima do peso: há aqueles em que a pessoa está acima do peso e se enxerga mais magra, há os que buscam a perfeição na forma de músculos, as que querem aumentar as mamas, afinar o rosto, “arrumar” o nariz, ter um sorriso mais branco e muitas outras correções muitas vezes infundadas e incoerentes com a harmonia da fisionomia da pessoa.
A síndrome da distorção da autoimagem é muito grave, pois é uma doença somatoforme, ou seja, o paciente demonstra queixas e sintomas, só que os médicos não conseguem detectá-la em exames.
Há uma estatística que relata que 9% das pessoas que procuram por cirurgias plásticas ou outros tratamentos estéticos possuem algum grau dessa síndrome. Quando isso acontece, muitas vezes, o próprio cirurgião plástico orienta e encaminha a pessoa para que faça terapia e busque ajuda profissional adequada.